terça-feira, 25 de maio de 2010

O Primeiro Passo na Adoção do seu Pet

UM BOM COMEÇO FAZ TODA A DIFERENÇA!

Ainda hoje são poucas as pessoas que têm uma noção real da importância que os primeiros meses de vida, e até mesmo as primeiras semanas de vida, exercem sobre a vida adulta dos nossos cães e, conseqüentemente, sobre a nossa relação com eles.

As necessidades dos filhotes são muitas, e não são só vacinas e alimentação. Filhotes precisam da interação com cães e pessoas diferentes. Precisam de supervisão, carinhos, educação, estímulos físicos e mentais positivos, exercícios, e muita paciência, entre outras coisas.

Muitas vezes é justamente pela nossa falta de conhecimento que as coisas começam a dar errado e acabam virando um grande problema. Cães medrosos, ansiosos, agressivos, ciumentos, destruidores, sem noções de higiene, inseguros, e sem entender que podem ser felizes como "cães" são alguns dos problemas mais comuns que encontramos nos nossos amigões, e que poderiam ser evitados, em grande parte, se nós tivéssemos alguns cuidados extras.

O PRIMEIRO GRANDE PASSO para termos um filhote mentalmente saudável (considerando que já escolhemos a raça ideal e que os filhotes possuem o comportamento padrão da raça) é não retirar o filhote da companhia da mãe e dos irmãos, de forma alguma, antes dele completar 50 dias de vida. Pode parecer bobagem, mas os filhotes, nesta idade, passam por mudanças bruscas e drásticas no seu desenvolvimento e na sua capacidade de perceber o mundo ao seu redor. Muitos criadores liberam os filhotes com 30 dias (porque a mãe já não quer dar de mamar), ou na melhor das hipóteses com 45 (depois de tomar a primeira dose da vacina), mas para o filhote isso é péssimo.

Embora a mãe não amamente mais os filhotes, suas broncas, rosnados e eventuais "avançadinhas" são vitais para o filhote aprender a aceitar ser disciplinado por um ser mais elevado na hierarquia do grupo, a respeitar os limites impostos por um cão mais velho, e, inclusive, que certos comportamentos inadequados serão punidos. Também é a mãe, que a partir do trigésimo dia de vida do filhote, começa a ensinar as regras básicas de higiene para o filhote, principalmente se esta mãe estiver adequadamente educada para usar uma área restrita como banheiro.

Com os irmãos o filhote irá aprender a brincar delicadamente, irá desenvolver seus instintos caninos, aprenderá a importância e a segurança que a matilha representa e irá finalmente consolidar a sua "identidade" enquanto cão. Só para termos uma idéia melhor da importância que tem o filhote ficar com a sua família canina até os 50 dias de vida, é observarmos o desenvolvimento emocional destes peludos. É justamente entre o 42º e o 49º dia de vida do filhote que ele está mais suscetível as impressões causadas pelo convívio com outros cães. Em nenhum outro momento da vida deste bichinho esta janela estará tão aberta para que ele entenda a linguagem canina como a linguagem da sua própria espécie. Entre o 49º e o 56º dia de vida o filhote está na sua melhor fase para se juntar aos humanos. Apenas uma única semana de diferença pode impactar toda a percepção do filhote sobre si mesmo, sobre a sua própria espécie e sobre o mundo que o cerca.

Cachorros retirados antes do tempo da sua matilha canina tendem a ter um comportamento arredio, medroso e até mesmo agressivo com outros cães. Tendem a ser inseguros, possessivos e/ou dependentes para com os seus donos, e ansiosos ao serem deixados sozinhos por um período de tempo maior.
Fonte:
Cláudia Pizzolatto

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